Devo comprar Bitcoin para minha carteira de investimentos?

Como sempre enfatizamos, sua carteira de investimentos deve visar mais do que retorno máximo. Ela precisa maximizar retorno, respeitando sua tolerância a risco e sua necessidade de liquidez. Posto de outra forma, sua carteira deve balancear risco, retorno e liquidez, optando pela alternativa de melhor custo-benefício.
Além disso, deve mirar nos seus objetivos, levando em conta sua capacidade de investimento, a oferta de produtos financeiros no mercado, os cenários econômicos atual e futuro, estar aberta a ajustes sempre que seus parâmetros ou premissas forma alterados e, principalmente, proteger seu patrimônio.
Para tanto, sua carteira de ativos deve ser bem diversificada, com produtos de investimento, seguros e previdência.
Sobre montar a carteira…
Quando calculamos a rentabilidade necessária para sua carteira, dados seus objetivos e respeitando tudo o que foi dito anteriormente, passamos para a etapa de seleção dos ativos. Nessa etapa, o objetivo é distribuir seus recursos em investimentos que juntos proporcionarão a rentabilidade buscada, sem ferir as limitações e exigências impostas. Ou seja, esse conjunto de produtos (sua carteira de ativos) terá proporções de retorno, risco e liquidez ideais para o alcance de seus objetivos e a proteção de seu patrimônio.
Se, nessa diversificação, for necessário inserir produtos do mercado de ações e de opções, isso será feito. Se não for necessário, não será feito. Ou, pelo menos, não será sugerido fazer.
Se for feito, a diversificação será tal que a proporção agressiva da carteira investimentos não comprometa o resultado da carteira nem em relação à rentabilidade média, nem em relação a horizonte de tempo.
Explicando…
Para que uma carteira de investimentos tenha uma proporção agressiva, é imprescindível que o potencial de ganho extra quanto o potencial de perda extra estejam bem dimensionados, para não interferir no alcance dos objetivos, nem destruir o patrimônio. Posto de outra forma, se a rentabilidade buscada não puder ser alcançada mesmo com oscilações negativas na proporção agressiva da carteira e/ou se não houver horizonte de tempo suficiente para tanto (daí a imposição de objetivos de longo prazo para a existência de produtos agressivos na carteira), não é seguro manter a proporção agressiva no volume que está. É preciso reduzir essa exposição.
E o Bitcoin?
Apesar do Bitcoin estar se valorizando dia após dia, ninguém pode dizer até quando isso vai continuar. Pode ser amanhã, pode ser daqui a uma ano. Trata-se de um mercado não regulado, portanto não invista em Bitcoins apenas para aproveitar essa onda.
Se vai investir em Bitcoin, esteja ciente de que é um produto agressivo e encare-o da forma que explicamos nas linhas acima: diversifique, busque o Bitcoin para potencializar o retorno, mas não deixe o alcance de seus objetivos, nem o patrimônio conquistado, à mercê de uma possível (e potencial) perda nesse investimento. Uma perda aqui é quase que total.
Respondendo à pergunta do título…
Eu não invisto. Se a rentabilidade necessária para o alcance dos meus objetivos exigir uma carteira com parte da retorno dependendo da valorização do Bitcoin, eu prefiro revisar meu planejamento: ou redefino meus objetivos ou me esforço para aumentar minha capacidade de investimento.
Um abraço,
Rodrigo Leone
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